Imatges de pàgina
PDF
EPUB

Anni

que mandou furtar à Villa, è Castello de Miranda à el Rey de Portugal, è mandou-lhe dizer que pois The tao mal guardava ò que lhe fizera, que elle nao podia estar que non filhasse emmenda da sem rezom, que recebera, pero para dar lugar à paz, que lhe enviasse Diogo Lopes Pacheco com messagem, è se hi guardasse ò que lhe pozera, que elle lhe deixaria ò ditto Castello, è Villa de Miranda, ò qual Diogo Lopes foi à lo enviado no mez de Novembro da sobreditta Era de mandado de el Rey de Portugal, è chegou ao Enrique à Camara, è de como com elle, è ò outro com elle demorouse ò Enrique à sua diaca à entrar em Portugal. 1373 E logo no comenzo de Janeiro da Era de mil è quatrocentos è onze annos ò ditto Enrique entrou com todas suas gentes em Portugal, è estaba ò ditto Infante Dom Diniz Irmao de el Rey Dom Fernando, è foraōse ambos para o ditto Enrique, ò qual tomou daquella entrada Pinhel, è Almeyda, è Linbares, è Sorolico, è veose à Viseu, è os da Villa deraō-lhe à Castello, è à fortaleza, è jouve por toda essa comarca todo ò mez de Janeiro, è mandou dahi levar muytos esbalhos, muytos cativos para Castella, è dahi veo-se vindo para Coimbra, è chegou hi aos sette dias de Fevereiro da sobredita Era, è foise à Tentugal, è leixou seu Irmao ò Conde Dom Sancho em Santa Clara de Coimbra, ò Infante D. Diniz, è Diogo Lopes è. em Sam Francisco, è Joao de Adriz da Castanheda em Santaano, è Pero Enrique nos Pazos de el Rey de Santa Clara, è outras muitas gentes em Sao Jorge, è Pero Fernandes de Velaasco em Carnache, è seu filho à Conde Dom Affonso Enrique, è ò Maestre da Calatrava sobre Monte mayor, è jouverao por as dittas comarcas asta treze dias do mesmo mez, que desses Lugares se moverao caminho de Lisboa è nao empeceraō à nenhum dos Lu

*

ga

Anni

gares, porque estavaō ahi muytas boas gentes, ё grandes de Portugal.

1380 Era de mil è quatrocentos è desoito annos no mez de Octubro fugio ò Infante D. Joao.

1384 Era de mil è quatrocentos è vinte è dous annos vespera de Santa Maria de Agosto entrou em campo ò muy nobre Rey Dom Joaó de Portugal, è ò Rey de Castella, è o campo foi entre Aljubarrota è Leiria, è no caminho, è chamaaō aa..... prouge à Deos dar victoria à el Rey de Portugal

è

com mil e quatrocentas lanzas contra sette mil, è Peoes besteiros infindos à Deos grazas.

1380 Era de mil è quatrocentos è desoito annos vespera de Santa Cezilia veo hum trovao de agoa, è de pedras, que erao tamanhas como à cabeza de hum cam é outras como oyos de pata, è outras como os punhos, è durou em quanto disseraō huma Salve Regina cantada.

1395 Era de mil è quatrocentos è treinta è tres annos vinte dias andados do mez de Agosto em dia de Saō Bernardo em huma sexta feira antes da festa de Sao Bartholomeu, à ora de Noa, tremeo à terra na Cidade de Coimbra, è assi em outras muytas terras, è lugares, è desto derom fee muytas gentes dignas de fé: isto durou por espazo de huma Ave Maria, è mais.

1383

1381

1382

Era de mil è quatrocentos è vinte è hum annos
veinte dias do mez de Octubro se passou deste
mundo ò muy nobre Rey D. Fernando, filho de el
Rey D. Pedro, è da Infanta Donna Constanza.
Era de mil è quatrocentos è desanove annos no mez
de Julho vieraō os Ingrezes em ajuda de el Rey
D. Fernando, è aportaraō em na Cidade de Lisboa,
è na Era de vinte mandou ò ditto Senhor Rey to-
mar os thesouros das Igrejas convem à saber,
frontaes, cruces, è calices, è Magestades para pa-
gar ò soldo aos dittos Ingrezes.

1385 Era de mil è quatrocentos e vinte è tres annos em

è

ò nome do muy alto Senhor Deos Padre chegou apar de Santa Clara de Coimbra ò muy nobre muy honrado D. Joao, Mestre Daviz, Regedor, è defensor, è Governador dos Reynos de Portugal, è do Algarve, filho do muy nobre Rey D. Pedro, neto do muy nobre, è de memoria Santa ò Rey D. Affonso quarto dos Affonsos Reys, que foraō de Portugal, è do Algarve, è esto foy tres dias andados do mez de Marzo à sexta feira, è foraōno receber con muy grande Procissao, è com muy grande honra que lhe fizerao, è hia vestido Pontificalmente D. Lourenzo, Bispo de Lamego, amigo è servo de Deos à rogo do Deaō è Collegio da See de Coimbra, è à rogo do Concelho da ditta Cidade, è os muytos nobres, è honrados Collegios, è Concelho, è muytos jogos, è trebellos, que lhe fizeraō, è vinha hi com o ditto Mestre Daviz muytos cabaleiros, è muytos escudeiros, dos quais vinha hi Nuno Alvares escudeiro, filho do muyto honrado Alvaro Gonzalves Pereira Prior do Esprital. Este Nuno Alvares era muyto artieiro em armar suas batalhas, è vence-las em ò nome daquelle Senhor, que ò fez, contra grandes Cavalheiros, è Senhores de Castella, è como ò sobreditto D. Joao Mestre Daviz vio à sobreditta pienzon vir de cima recontada, deciose das bestas muy humildozamente, è fincou os jiolhos em terra, è bejó à cruz, è veose com à piciozom muy onestamente de fee, è entrou pela muy nobre Cidade de Coimbra, levaraō-no aos pazos da Alcaceva sua, è logo seguinte mez dabril feria quinta des dias andados del na nobre onrada leal Cidade da ditta Coimbra os onrados Prelados, Arcebispo, è Bispos, fidalgos, è ricos homens, è Cavalheiros, è outros Senhores, Cencelhos, é homens bons dos Reynos de Portugal, è do Algarve dentro na Alcaceva dos Reys de Portugal, alzarao por Rey de Portugal ao muy nobre D. Joao Mestre Daviz regedor, è defensor dos Tom. XXIII. Ꮓ

[ocr errors]

è

[ocr errors]
[merged small][ocr errors]

sobredittos Reynos, filho do muy nobre Rey D. Pedro, è netto do muy nobre, è de memoria Santa D. Affonso quarto dos Affonsos Reys de Portugal, è do Algarve, aos quais Deos perdoe Amen. A missa dessea Dom Lourenzo, Bispo de Lamego, amigo, è servo de Deos gratias Amen.

[ocr errors]

Cercou o muy nobre Rey Dom Joao de Portugal à muy nobre Cidade de Tuy. em sua ajuda ò muy nobre Conde Dom Nuno dos Reynos de Portugal, è do Algarve, è todos os Capitaes Senhores dos dittos Reynos, que fizeraō sobre à ditta Cidade muyto por suas maōs por suas onras è linhages serem exaltadas, è tomou ò ditto Senhor Rey com seu exercito à ditta Cidade por forza de armas dia de Santiago da suso ditta Era no mez de Julho. 1405 Era de mil è quatrocentos è quarenta è tres annos no mez de Octubro enviou D. Joao muy nobre Rey de Portugal sua filha à Inglaterra à seu marido Conde Rondel do Reyno de Inglaterra, è foi por mar con muyta honra, acompanhada, è guardada de su Irmao ò nobre Conde D. Affonso, è do nobre Cavalheiro Joao Gomes da Silva, è doutros muytos Cavalheiros Capitaēs, è Senhores vassallos do ditto Senhor Rey, è muy leaes à ò Reyno de Portugal.

[ocr errors]
[ocr errors]

1406 Na Era de mil e quatrocentos è quarenta è quatro annos no mez de Junho em dia de Pentecostes fizerom os Santos Martires, que jazem em este Mosteiro de Santa Cruz da Cidade de Coimbra hum muy maravilhozo milagre em hum mozo filho de Fernao Vasques escudeiro morador na Cidade de Coimbra, è era ò mozo quebrado por guiza que nao sabia seu Padre, nem sua madre, que lhe fizessem, è prometerao-no à estes gloriosos Martires muy devotamente que fizessem huma Vigilia à sua honra, è logo ò mozo foi saō, è eu dou de my termo, que foi esto aqui escrever Fernao Gonzalves Conego de Santa Cruz.

Na

1406

Na Era suso ditta fizeraō estes Santos outro milagre muy fermozo no mez de Dezembro, è foi feito em hum Conego deste Mosteiro, por nome chamado Diego Gonzalves, ò qual era muy enfermo, è veolhe a sahir sangue per la vea saesta em tal guiza, que non sabiao, que lhe fizessem nem lhe podiao prestar pedras de estancar sangue nem nenhuma couza, que lhe fizessem, nem fazer podessem, que à tal couza, como esta non lhe podia dar saude nenhum, salvante Deos à rogo de seus Santos Martyres, è prometteo sua Madre, é seu Padre à estos Santos Martires con grande devozao, que lhe fizessem huma Vigilia, è que elles non tinhaō ja em elle fiusa que vivesse, è logo aquella ora lanzou huma sanguisuga muy grande por aquella venta, è logo estancou. Deo gratias. 1404 Era de mil è quatrocentos e quarenta e dous annos no mez de Mayo em dia de Victoris à metade da noite tremeo à terra muy fortemente espazo, que podiaõ resar hum Miserere mei Deus.

[blocks in formation]
« AnteriorContinua »